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| Foto: Assessoria de Imprensa - Prefeitura de Piên |
Mais uma triste notícia no cenário político abala os moradores de Piên, desta vez, com o falecimento do prefeito Livino Tureck (MDB). Ele faleceu na tarde ontem, no Hospital Erasto Geartner, em Curitiba, onde estava internado desde o dia 9, após passar por uma cirurgia de emergência por conta de uma úlcera. A situação do prefeito se agravou na madrugada de ontem, onde seu estado de saúde passou de delicado para crítico. A morte de Livino ocorreu por volta das 15 horas, enquanto aguardava uma vaga na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Na tarde de ontem, a Prefeitura confirmou a morte de Livino, e anunciou que o prefeito interino Eduardo Pires Ferreira (PSDC) decretou luto oficial por cinco dias. Conforme o comunicado, todas as repartições públicas ficarão fechadas até sexta-feira. A morte do prefeito repercutiu no meio político. Diversos deputados entre outras lideranças políticas, como a governadora do Paraná, Cida Borghetti (PP), manifestaram palavras de apoio aos familiares de Livino.
Diversas empresas e associações locais também suspenderam o expediente ontem. As aulas na rede municipal foram suspensas pelo resto da semana e só irão retornar no dia 28, tendo em vista que no dia 27, a cidade comemora o dia da padroeira Nossa Senhora das Graças. A sessão da Câmara de Vereadores prevista para ontem às 17 horas também foi suspensa.
O corpo do prefeito está sendo velado no salão paroquial da igreja de Trigolândia, onde Livino vivia com sua família. Conforme familiares, hoje, às 15 horas, será realizada na igreja de Trigolândia uma missa de corpo presente, sendo que logo em seguida o corpo saíra para sepultamento no cemitério municipal de Agudos do Sul, cidade natal do prefeito. Livino era casado e pai de dois filhos.
Biografia política
Livino Tureck foi vice-prefeito de Gilberto Dranka entre os anos de 2009 e 2012, onde se tornou ainda mais conhecido na cidade por conta de seu estilo de atender a população. Brincalhão e sempre de bem com a vida, recebia diariamente a população na subprefeitura de Trigolândia. Após a reeleição de Gilberto Dranka, em 2013, Livino foi diagnosticado com um câncer na boca e desde então passou a travar uma luta constante para sobreviver.
Por conta da doença, precisou passar por algumas cirurgias em sua face. Ele acabou perdendo parte da boca e por conta disso, passou a ter muitas dificuldades para se alimentar e falar. Ele também emagreceu muito durante o tratamento que foi regado com muitas sessões de quimioterapias, medicações e procedimentos cirúrgicos. Após vários meses lutando contra doença, o prefeito conseguiu se curar do câncer.
Curado, porém, ainda com muitas dificuldades em se comunicar, Livino aceitou o convite para ser candidato a vice-prefeito na chapa de Loir Dreveck (MDB), em 2016. Como Loir foi assassinado em uma emboscada em dezembro de 2016, mesmo ano em que ambos se elegeram, Livino foi empossado prefeito de Piên. Desde então ele vinha trabalhando para viabilizar novas conquistas para Piên, se mostrando cada dia mais disposto e feliz por poder estar em contato com a população.
Nas últimas semanas, Livino se licenciou do cargo de prefeito para realizar exames de rotina. Neste período ele se envolveu em um acidente na SC-418 no qual teve apenas ferimentos leves. Depois disso, o prefeito viajou para Brasília, com sua esposa, Jucélia Tureck, e com os vereadores Rogério Sadi (PSDB) e Joanício Machado (DEM). Na capital federal a situação de saúde de Livino começou a piorar. Ele sentia fortes dores no estomago, apresentando febre e muita fraqueza. Por conta disso, ao retornar de Brasília, Livino foi internado e diagnosticado com uma úlcera. Após passar pela cirurgia de emergência, o prefeito apresentou uma melhora, porém, nos últimos dias começou a piorar e na tarde de ontem encerrou sua luta para sobreviver.
Futuro
Com o falecimento do prefeito Livino Tureck quem assume a Prefeitura é o presidente da Câmara, Eduardo Ferreira. Conforme alguns advogados consultados por A Gazeta, o presidente da Câmara assume por um período de até 90 dias. Nesse período o TRE/PR deverá convocar eleições para eleger o novo prefeito.