Em meio a muito bate-boca, presidente interino encerrou a sessão |
O clima que já não era dos mais tranquilos na Câmara de Vereadores de Piên voltou a ferver na sessão de ontem. Tudo começou com um bate-boca entre o o presidente interino, João Nunes (PSD), e o vereador Joel Cavalheiro (PTB). Na Palavra Livre o tom de voz dos parlamentares se elevou ainda mais e outros vereadores entraram na discussão. Nunes ainda tentou boicotar o discurso de alguns dos vereadores e o clima esquentou tanto que ele achou melhor encerrar a sessão. Porém, após a reunião o clima continuou tenso nos corredores da Câmara.
O estopim do bate-boca de ontem foi o projeto aprovado ainda na semana passada, concedendo aumento salarial aos servidores públicos da Prefeitura e da Câmara, o qual foi aprovado após uma votação apertada. Após a votação e ao longo da semana, conforme Joel Cavalheiro, Nunes teria chamado os parlamentares que votaram contra o aumento de idiotas. “Além disso, vossa excelência agiu de má fé afirmando que fomos contra ao aumento dos servidores do Poder Executivo, o que é uma mentira. Já não é a primeira vez que o presidente desta casa fala o que não deve nas redes sociais”, disse o vereador do PTB.
Enquanto Joel falava, o presidente interino tentou interromper o vereador, alegando que esses assuntos ficassem fora da Câmara de Vereadores. Joel aumentou o tom de voz e seguiu discursando, quando então Nunes se levantou e saiu do plenário. Por um instante os vereadores ficaram sem saber o que fazer, quando então o vereador Rogério Sadi, o Kinho (PSDB), começou a discursar. Depois disso o presidente voltou para sua cadeira e em meio a réplicas e tréplicas, as discussões foram se intensificando.
Vereador Joel Cavalheiro cobrou explicações de João Nunes, sobre xingamentos em redes sociais |
Horário das sessões
O vereador Beto Honório também falou duro com o presidente João Nunes, e o motivo foi o fato de não ter sido colocado ainda em pauta o pedido para alteração do horário das sessões da Câmara, passando das 17 horas para as 19 horas. A solicitação partiu da vereador Jucélia Tureck (MDB). “Se a população quer que mudemos o horário das sessões, porque vamos ficar enrolando o povo? O plenário é soberano, tem autonomia para fazer isso. Até solicito aqui que já façamos isso para a reunião da próxima semana”, disse Honório.
Visivelmente irritado, o presidente interino disse que não providenciou a alteração do horário das sessões porque a medida depende de alterações no Regimento Interno, destacando que irá deixar essa questão para ser tratada assim que o presidente licenciado do Legislativo, Eduardo Pires Ferreira, deixar a função de prefeito interino e retornar à Câmara, o que ocorre nos próximos dias.
No fim de seu pronunciamento, Nunes disse ainda que não vê chegar a hora de voltar a ser vice-presidente, alegando que vem sofrendo perseguição política na condução dos trabalhos no Legislativo. “Eu não nego minha assinatura para esse projeto de alterarmos o horário das sessões, mas não é tão simples assim. Temos tanta coisas para resolver, ficamos tanto tempo com esse horário, que no começo quando nós tratamos desse assunto todos os colegas concordaram em fazer assim”, disse, encerrando a sessão logo em seguida sem dar direito a respostas dos demais vereadores.
Outras discussões paralelas também marcaram a sessão desta semana |
Fonte: Jornal A Gazeta
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