Vereador Dido reconheceu que errou ao agir com violência - FOTO: Reprodução sessão da Câmara |
POR Pablo Enrique Luiz - Piên em Notícias
Causou grande repercussão em Rio
Negrinho e Região, o envolvimento do vereador Rodrigo dos Santos (PL),
conhecido como Dido, no caso de agressão ao atendente da B3 Disk Bebidas. A
situação ocorreu na última quarta-feira (22). Tanto os proprietários do
estabelecimento quanto funcionário, já adiantaram que irão processar o
parlamentar, que pode encarar consequências em âmbito civil, criminal e político.
Ontem, durante sessão da Câmara Dido apresentou sua versão dos fatos.
Na tão aguardada, sessão da Câmara
de Vereadores de Rio Negrinho, da última segunda-feira (27), estiveram em
discussão dois requerimentos ligados ao ocorrido, ambos apresentados pelo vereador
Maneco. Um dos requerimentos se trata de uma solicitação de alteração no Código
de Ética e no Regimento Interno da Câmara, visando punir vereadores que venham
agir em desconformidade com a postura exigida de um parlamentar.
Outro requerimento, visava
afastar Dido, temporariamente, de seu cargo como vereador e presidente da
Câmara até que uma comissão de investigação e processante avaliasse os fatos e definisse
as medidas cabíveis para o ocorrido. Durante a votação deste, os votos
empataram em quatro a favor do afastamento e quatro contra o afastamento,
fazendo assim com que o voto do presidente se fizesse necessário, e pela
lógica, Dido votou contra seu próprio afastamento.
Dido ainda se pronunciou sobre a
situação, admitindo estar errado, também demonstrou ciência de que responderá
por seus atos. “Não vou atrapalhar as investigações e vou contribuir para que
tudo se esclareça da melhor forma possível”, salientou. “Realmente no dia 22,
após receber uma mensagem, me dirigi até o estabelecimento, que realmente é o
correto, e por uma falta de comunicação, por uma série de questões acabei
realmente agredindo uma pessoa”, acrescentou.
O presidente da Câmara seguiu com
seu discurso reconhecendo seu erro. “Sou humilde em assumir meu erro, sei que
vou pagar por isso. Não neguei isso em nenhum momento, por isso voltei ao
local, pois solicitaram minha presença, dizendo para eu ir lá resolver a
situação. Quando cheguei, a polícia (Polícia Milltar) estava lá. Me desculpei
quando fui informado que ele não era o dono do estabelecimento. Para mim era,
pois eu não conhecia. Vi por uma foto no WhatsApp”, salientou.
Dido ainda pediu a compreensão de
seus colegas alegando ter saído em defesa de sua família. “Pela minha família
dou meu sangue, duvido que alguém de vocês não faça”, elencou. O vereador
também mencionou que a origem das ameaças contra sua família foram um desacordo
comercial. Ele também frisou, que ao entrar no estabelecimento e se identificar
não utilizou do seu cargo para intimidar, eu se engrandecer perante o
atendente, apenas disse “eu sou o Dido”.
O vereador também citou que
existe um vídeo completo da situação, sem edições, cortes ou legendas, onde
mostra que não chegou prontamente agredindo o rapaz. E completou: “Eu estava
irritado, o rapaz não conseguiu dizer para mim que ele não era a pessoa que
estava me mandando mensagem e realmente eu o agredi. Me desculpo profundamente
com ele, se não foi realmente ele que ameaçou minha família e também com seus
familiares”.
Apesar do requerimento do
afastamento temporário de Dido ter sido reprovado, a Comissão de Ética se
reunirá nesta quinta-feira (29) na Câmara de Vereadores. Este encontro,
solicitado pelo Vereador Kbelo – presidente da comissão –, poderá resultar na
abertura de um processo para apurar infração ética e quebra de decoro
parlamentar.