Danos causados pelos fortes ventos da microexplosão ocorrida em São Luiz Gonzaga (RS) - Foto: BM/Divulgação |
No último sábado (15), uma nova
onda de instabilidade se instalou sobre o Rio Grande do Sul causando
preocupação e novos danos à população gaúcha. A instabilidade deve trazer
consigo um volume de chuva menor que os ocorridos ao final de abril e começo de
maio, mas ainda assim representa risco para várias regiões, devido ao lixo espalhado
que pode dificultar o escoamento de água, o que aumenta a chance de novas
enchentes.
Duas frentes frias de baixa
pressão atmosférica, uma se formando no continente e outra no oceano se encontram
na região, podendo levar a instabilidade até a próxima quarta-feira (19). Esta
formação atmosférica é semelhante à que causou as chuvas entre abril e maio,
tendo uma massa de ar seco no centro do Brasil que acaba empurrando a umidade
amazônica para o continente em direção ao Sul. Este fenômeno deve manter o
volume de chuvas próximas à média total do mês em algumas cidades.
Segundo o MetSul, a chuva em si,
seja o volume diário ou acumulado, não representa preocupação, pois não serão o
suficiente para que os rios venham a transbordar novamente. O real perigo está
no acúmulo de lixo na rede de esgoto.
Contudo, a previsão na metade
Norte do estado poderá ir de 100mm a 200 mm na soma de dez dias, mas com acumulados
pontuais de 200 mm a 300mm ou mais. No entanto, o bloqueio atmosférico pode
gerar alterações no panorama.
São Luiz Gonzaga, cidade do noroeste do estado, teve chuva intensa e rajadas de vento na noite do último sábado. A microexplosão, forma como o fenômeno foi classificado pela Defesa Civil, tem como características tempestades intensas, com muitas descargas elétricas, granizo e muita água na base da nuvem. Quando a nuvem deixa de suportar o peso, a chuva forte acontece em pouco tempo, junto a rajadas de vento com possibilidade de atingir 150 km/h.