Juma e Seandra querem mais informações sobre processo licitatório do projeto das abelhas

 
Vereadora Seandra e vereador Juma - FOTO: Alexandre Carvalho - Piên em Notícias


E não é que o projeto das abelhas, que está sendo implantado em Piên voltou a movimentar mais uma sessão da Câmara de Vereadores na noite desta terça-feira. Isso porque a vereadora Seandra Cordeiro de Oliveira, em conjunto com o presidente do Legislativo, Giomar da Rosa, o Juma, apresentaram uma proposição solicitando maiores informações sobre o Termo de Inexigibilidade que permitiu o contrato que prevê investimento de R$ 77.800,00 na criação de abelhas sem ferrões nas praças centrais de Piên.

Seandra lembrou que o projeto da Cidade das Abelhas, que foi apresentado na semana anterior, durante a sessão, gerou e continua gerando grande repercussão. “Acredito que todos os vereadores receberam perguntas. Não estamos discutindo a importância das abelhas. Todos nós concordamos que as abelhas fazem tudo aquilo que foi falado na sessão anterior, o que estamos querendo e saber o contexto que houve esse tipo de contratação, porque foi feito por contrato de inexigibilidade, sem necessidade de se fazer processo licitatório”, disse.

A vereadora ainda enfatizou que achou as casinhas de abelhas maravilhosas, porém, levantou algumas questões. “Será que elas vão polinizar só por uma casinha mais chique? Será que não podemos fazer o mesmo com casinhas mais baratas?”, indagou.  Seandra também citou que muitas leis aprovadas na Câmara, nos anos anteriores, relacionadas ao meio ambiente, sequer foram colocadas em prática pela prefeitura. “Existem leis solicitando Eco Pontos e até agora nada. Temos lei para cisternas nas escolas, para aproveitar a água das chuvas, isso também não está sendo feito. Começo a me perguntar: será que não estamos querendo deixar algumas coisas mais bonitas e não realmente salvar as abelhas?”, acrescentou.

 

Apoio para agricultores locais

Seandra ainda abordou outros aspectos, como por exemplo, o fato dos apicultores locais não serem consultados ou chamados para participar do projeto. “Por que não consultaram as pessoas que mexem com abelha aqui em Piên? Será que eles não têm nenhuma ideia para tornar esse projeto melhor?”, indagou. “Agora vão colocar uma casinha de R$ 3.500,00 numa rua, não sei se vai durar. Acho que a gente precisa melhor avaliar os gastos públicos e gostaria de saber por que esse projeto vai ser feito por inexigibilidade”, concluiu.

Juma também entrou na discussão elencando que foi muito questionado pela população pienense nos últimos dias, depois que o projeto veio à tona. “Também acho que foi um gasto elevado, desnecessário. Existem várias formas de fazer educação ambiental sem esbanjar dinheiro público. Por que não incentivaram nossos agricultores, ainda mais que tanto se fala em turismo rural. Agora quem vai ficar do lado de uma casinha de abelha, explicando o que as crianças vão fazer? Só se vão arrumar abelha que falam”, indagou o presidente da Câmara.

 

Relembre o caso

O objetivo do projeto em questão é a educação ambiental, no entanto, alguns aspectos, como o custo das casinhas das abelhas – R$ 3.500,00 cada – vêm gerando repercussão e debate. Durante a sua explanação, Seandra fez questão de lembrar que tal iniciativa não tramitou pela câmara de vereadores e que foi e está sendo executada pela prefeitura. O projeto consiste na montagem de uma espécie de mini-cidade de abelhas, nas praças da Paz, Pioneiro e Expedicionários, onde haverá uma espécie de trilha ecológica das abelhas.

Com já dito anteriormente, o projeto relacionado as abelhas não passou pelo crivo do Poder Legislativo, como bem lembrou a vereadora Seandra Cordeiro de Oliveira na sessão de ontem. “Nem tudo a prefeitura precisa de autorização da câmara para executar”, disse. A prefeitura ainda não informou maiores detalhes de quando a cidade das abelhas começará a ser construída em Piên. Os responsáveis pelo projeto garantem que não haverá risco para as pessoas tendo em vista que as abelhas que serão criadas não têm ferrões.  

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