Com a confirmação da cassação do prefeito Jesse Zoellner, por 7 a 0, decisão unânime da corte do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR), após sessão de julgamento na tarde desta segunda-feira, os rumores sobre o que irá acontecer com o futuro político de Agudos do Sul só aumentam. Além da corte do TRE-PR, o Ministério Público e o Juiz Eleitoral da comarca de Fazenda Rio Grande, a qual pertence Agudos do Sul, também haviam se manifestados a favor a cassação, tendo em vista a comprovação de várias transferências via PIX, na semana da eleição suplementar, em 2022.
As comprovações do pagamento vieram à tona após denuncia, o que resultou na quebra do sigilo bancário do prefeito. Mesmo após decisão do Juiz Eleitoral e do Ministério Público, Jesse ingressou com recurso e conseguiu se manter no cargo, ao menos até esta última segunda-feira. O processo foi adiado seis vezes e no final do julgamento a votação terminou empatada em 3 a 3. O presidente da época, do TRE-PR, determinou que as testemunhas fossem ouvidas novamente e depois de feito isso, em fevereiro e março deste ano, o processo novamente retornou a corte do TRE-PR para o desfecho final, que foi por decisão unânime de todos desembargadores da corte, pela cassação do prefeito de Agudos do Sul.
A reportagem do Piên em Notícias conversou com algumas lideranças políticas de Agudos do Sul, para tentar entender qual será os próximos desfechos a ocorrem na municipalidade, tendo em vista a cassação . O prefeito Jesse Zoellner se manifestou em seu perfil nas redes sociais considerando a ação contra ele uma “perseguição política”. “Gostaria de dizer a todos que recebemos, mas não concordamos com esta decisão, por isso, com nossos advogados, já estamos entrando com um recurso em Brasília, para que toda população não venha a sofrer novamente por toda essa questão política que vem se desenrolando há mais de dois anos”, disse o prefeito.
Desfecho
A princípio, o TRE-PR deve emitir nos próximos dias um acórdão notificando a Câmara de Vereadores sobre os fatos. Ainda não se sabe se a Justiça Eleitoral, por meio do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) irá convocar eleições indiretas, mas segundo algumas autoridades do município de Agudos do Sul, as expectativas apontam que sim. Neste caso, os vereadores em votação interna, elegeriam um representante do Legislativo, para ser prefeito interino até o início do próximo mandato. Porém, resta esperar para ver qual decisão o TSE irá tomar com relação a quem assumirá o comando da prefeitura, ao menos até o final deste ano. Importante lembrar ainda que o prefeito Jesse, com a cassação de seu mandato, incluindo seu vice-prefeito, Antônio Ferreira, ficam inelegível por oito anos, não podendo participar neste período de nenhuma eleição.