Doença é transmitida pelo mosquito conhecido como Maruin - FOTO: Divulgação |
Uma doença que estava erradicada no Brasil nos últimos anos e voltou a registrar casos no Brasil está preocupando autoridades nacionais. Trata-se da febre Oropouche que é transmitida pelos mosquitinhos conhecidos como Maruins ou "porvinhas". Tais insetos também são bem conhecidos em Piên e região, principalmente, em épocas de intenso calor. No Brasil, neste ano, até o início desta semana, foram registrados 7.236 casos de febre Oropouche em 20 estados.
Esta doença, preocupante devido à sua capacidade de propagação, está chamando a atenção das autoridades de saúde no Brasil, isso porque os casos não param de aumentar em todo Brasil. Em Piên e região ainda não foram registrados nenhum caso, porém, a Secretaria de Estado da Saúde (SESA) confirmou a ocorrência de um caso em Apucarana, na Região Norte do Estado, sendo que outros cinco casos já haviam sido detectados no Paraná neste ano, todos importados. Os registros aconteceram nos municípios de Curitiba, Lupionópolis e Foz do Iguaçu. Pacientes de Manaus e Rio Branco que foram atendidos no Estado também positivaram para a doença.
Em Minas Gerais os casos de febre oropouche registraram um aumento de 51% desde junho. Ao todo, Minas já soma 147 casos da febre oropouche desde 2023. A maior parte desses casos foram encontrados em Joanésia, na região do Vale do Rio Doce. O resto do país também registra um aumento crescente dos casos sendo que na última semana foram registrados as duas primeiras mortes de febre Oropouche foram registrados na Bahia.
Transmissão
A transmissão da Febre do Oropouche é feita principalmente pelo inseto conhecido como Culicoides paraensis (maruim). Depois de picar uma pessoa ou animal infectado, o vírus permanece no inseto por alguns dias. Quando o inseto pica uma pessoa saudável, pode transmitir o vírus.
Quais os sintomas da febre oropouche?
As evidências publicadas apontam que a incubação — o tempo entre o vírus entrar no organismo e o surgimento dos primeiros sintomas — varia entre quatro e oito dias. A partir daí, os sinais da doença são muito parecidos aos de outras arboviroses, como a dengue. A OMS aponta que os principais sintomas da febre oropouche são:
- Febre alta de início repentino;
- Dor de cabeça;
- Dor atrás dos olhos;
- Dureza ou dor nas juntas;
- Calafrios;
- Náusea;
- Vômitos.
Geralmente, esses incômodos se prolongam por um período de cinco a sete dias. Curiosamente, após a recuperação, cerca de 60% dos acometidos pela febre oropouche sofrem uma recaída.
Como prevenir a doença?
Não existem vacinas disponíveis para evitar a infecção pelo OROV. As autoridades de saúde sugerem algumas medidas básicas para diminuir o risco de contrair a infecção:
- Evitar áreas onde há muitos mosquitos, especialmente os maruins;
- Instalar telas de malha fina em portas e janelas;
- Usar roupas que cubram a maior parte do corpo, para impedir as picadas dos mosquitos;
- Aplicar repelente nas áreas da pele que permanecerem expostas;
- Manter a casa limpa, especialmente áreas externas com plantas ou animais — o material orgânico, como folhas e frutos que caem no solo, pode atrair mosquitos.
- O Ministério da Saúde ainda orienta que, se forem confirmados casos na região onde você mora, é importante seguir "as orientações das autoridades locais para reduzir o risco de transmissão".