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Com o aumento dos casos de mpox e
o surgimento de uma nova variante do vírus no continente africano, o Ministério
da Saúde do Brasil convocou uma reunião, que ocorrerá nesta terça-feira (13),
para tratar sobre a doença.
O comunicado emitido pela pasta
informou que a intenção da reunião é atualizar as recomendação e plano de
contingência para a doença no país. O ministério também informou que está
acompanhando a situação da mpox pelo mundo e tem monitorado informações junto à
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Os dados fornecidos pela pasta
apontam 709 notificações de casos da mpox no Brasil neste ano e 16 óbitos, o
último deles tendo ocorrido em abril do ano passado.
A respeito das vacinas, o
ministério lembrou que, em 2023, a imunização contra a doença foi realizada durante
um momento de emergência na saúde pública internacional, com uso de vacinas
liberadas provisoriamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Comitê de emergência da OMS
Na semana passada, o diretor geral
da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou que havia convocado um comitê de
emergência para avaliação do cenário do surto da doença na África e o risco de
propagação internacional do vírus.
Em seu perfil na rede social X
(antigo Twitter), Tedros mencionou que a decisão levou em consideração o
registro de casos de mpox fora da República Democrática do Congo, onde as infecções
estão em ascensão há mais de dois anos.
O cenário foi agravado, nos últimos
meses, com o surgimento de uma mutação da doença que pode ser transmitida de pessoa
para pessoa, além das suspeitas de casos na província de Kivu do Norte
(localizada ao leste da República Democrática do Congo).
O que é a mpox?
A mpox, também conhecida como varíola
dos macacos, é uma zoonose viral, ou seja, um vírus que é transmitido aos seres
humanos a partir de animais. O vírus causador da mpox é o monkeypox, do gênero
Orthopoxvirus, pertencente à família Poxviridae. Também pertencem a esta família
o vírus da varíola.
Existem duas variantes do vírus
da mpox, uma delas na Bacia do Congo e a outra na África Ocidental. Ao que parece,
neste momento, a variante do África Ocidental é menos grave em comparação a
doença causada pelo vírus da Bacia do Congo.
Transmissão
A transmissão da doença acontece
através de contato direto ou indireto com sangue, fluídos corporais, lesões ou
mucosas de animais infectados. A transmissão entre pessoas pode acontecer por
contato com secreções infectadas das vias respiratórias ou lesões na pele de
uma pessoa infectada. Contato com objetos contaminados também é uma
possibilidade de contágio. Não há nada que aponte que o vírus possa ser transmitido
por via sexual.
Tratamento
A infecção pelo vírus da mpox não
possui tratamento específico. Os sintomas, geralmente, desaparecem de maneira espontânea,
sem que um tratamento seja necessário. O que pode ser feito é maximizar os
cuidados visando aliviar os sintomas, evitando complicações e prevenindo sequelas
no longo prazo. Cuidar das erupções surgidas na pele é um fator importante, o
ideal é deixa-las secarem, caso necessário deve-se cobrir com um curativo úmido
visando proteger a área afetada. Também é necessário evitar tocar feridas
próximas a boca e olhos, bem como evitar colírios e enxaguantes bucais que
possuam cortisona na fórmula.