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| Jesse Zoellner estava como prefeito e teve seu mandato e seus direitos políticos cassados no último mês de julho pelo TRE-PR. O motivo, compra de votos via PIX. - FOTO: Divulgação |
A notícia da renúncia da candidatura do ex-prefeito de Agudos do Sul Jesse Zoellner como vice-prefeito de Genézio Ferreira nas Eleições Municipais de 2024 repercute no município e em toda região nesta terça-feira. Isso porque na data de hoje o ex-prefeito, que foi cassado em julho por compra ilícita de sufrágio, neste caso, compra de votos, assinou uma Declaração de Renúncia que foi apresentada na Justiça Eleitoral alegando, possível bloqueio de Fundo Partidário, perseguição política além de problemas de saúde e de ordem pessoal.
Como Jesse foi cassado em decisão
unanime pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) em julho último, perdendo
seus direitos políticos, já era esperado que sua candidatura fosse indeferida
pela Justiça Eleitoral, porém, antes disso, Jesse resolveu renunciar a sua
candidatura como vice-prefeito de Genézio Ferreira, o qual agora terá que
nomear outro pretenso candidato a vice-prefeito até o próximo dia 15 de setembro.
Este novo episódio envolvendo o
nome de Jesse Zoellner tumultua ainda mais a cena política em Agudos do Sul e
complica a situação do atual prefeito interino, Genézio Ferreira, que é candidato
a prefeito. Agora, além da perda de materiais de campanha, Genézio terá que
nomear outro candidato a vice-prefeito e se explicar para população dos motivos
que o levaram a inscrever em sua chapa, como candidato a vice-prefeito, alguém
que teve seus direitos políticos cassados e que está inelegível.
Relembre o imbróglio
No início do ano anterior, o
Ministério Público do Paraná e o Juiz Eleitoral de Fazenda Rio Grande, a qual
está inscrita Agudos do Sul, referendaram um pedido de cassação imediata do até
então prefeito Jesse Zoellner, após quebra do sigilo bancário de Jesse, onde
constavam várias transferências via PIX, para eleitores de Agudos do Sul, nos dias
que antecederam as Eleições Suplementares de 2022 no município. Jesse recorreu
e se manteve no cargo até julho deste ano, quando finalmente, após vários
pedidos de agilidade no julgamento do processo, a corte do TRE-PR referendou
por unanimidade de votos a cassação do então prefeito de Agudos do Sul.
O que chama atenção é que Genézio
Ferreira, enquanto vereador, integrou uma comitiva de lideranças políticas de
Agudos do Sul que em junho foi ao TRE-PR pedir agilidade no julgamento de Jesse,
tendo em vista que pedidos de vistas dos desembargadores acabaram por adiar
várias vezes os julgamento. Além disso, Genézio foi autor da abertura de duas
CPI´s na Câmara de Vereadores que teria o objetivo de investigar contratos da
prefeitura, enquanto Jesse era prefeito, feitos de forma duvidosa via dispensa
de licitação.
O prefeito interino, Genézio Ferreira, que foi eleito prefeito e eleição indireta ocorrida entre os vereadores de Agudos do Sul, ainda não se manifestou a respeito da situação, tão pouco anunciou quem será seu vice-prefeito. Em Agudos do Sul e região o assunto vem movimento as rodas de conversas. A dúvida que paira no ar agora é quem será o candidato a vice-prefeito de na chapa de Genézio Ferreira.