Grande movimentação de policiais civis na prefeitura de Rio Negrinho chamou atenção na manhã desta terça-feira - FOTO: Divulgação/ Polícia Civil |
Servidores públicos de Rio Negrinho, foram surpreendidos na manhã desta terça-feira, com uma visita inusitada, isso porque diversos policiais da Policia Civil da Delegacia de Polícia Especializada no Combate à Corrupção (DECOR), deflagaram mais uma fase da Operação Tributum, que visa apurar e desmantelar um esquema destinado a conceder benefícios tributários em desfavor da municipalidade.
Conforme divulgado pela Polícia Civil e pela DECOR, os supostos autores dos fatos estariam inserindo declarações falsas em processos administrativos relacionados à conversão de IPTU em ITR, beneficiando diversos titulares de imóveis da região de maneira ilícita. Ao todo, foram cumpridos 7 (sete) mandados de busca e apreensão nos domicílios dos investigados e na Prefeitura Municipal de Rio Negrinho, ninguém foi preso.
Policiais civis cumpriram mandato de busca e apreensão na prefeitura e na casa dos suspeitos |
Até o fechamento desta matéria a prefeitura não havia se manifestado oficialmente sobre os fatos. O prefeito Caio Treml também não se manifestou publicamente até o momento. Ainda conforme divulgou a Polícia Civil, com base nos documentos e evidências coletados na prefeitura e nas residências dos suspeitos, serão feitas perícias e análises dos materiais para identificar e comprovar as possíveis condutas ilegais praticadas.
Não é a primeira vez
A prefeitura de Rio Negrinho já foi destaque nas colunas policiais meses atrás, após o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), em apoio à 2ª Promotoria de Justiça de Rio Negrinho, deflagrar em outubro de 2023 a Operação Intraneus, que investiga crimes cometidos por um servidor público municipal na cidade de Rio Negrinho que desvia recursos da prefeitura para suas contas pessoais.
O servidor público, segundo as denúncias do Ministério Público de Santa Catarina, cometeu 30 crimes de peculato - que é o desvio de dinheiro público - e mais diversos crimes de falsidade ideológica e lavagem de dinheiro, entre setembro de 2022 e outubro de 2023. O servidor que trabalhava no setor financeiro teve diversos bens que estavam em seu nome preso pela Polícia, em seguida, no início deste ano, os bens do servidor foram leiloados.
Recentemente a promotora de Justiça Juliana Degraf Mendes explicou maiores detalhes sobre o caso em uma matéria que fora publicado no site do Ministério Público de Santa Catarina. "Já foram identificados e apreendidos veículos, maquinário industrial, artigos de luxo e um imóvel, todos comprados pelo investigado com o dinheiro público desviado por ele”, explicou a promotora.