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Governador Ratinho Junior e presidentes da Copel e da Copel Telecon comemoraram a privatização, em agosto de 2023 - FOTO: Rodrigo Félix/AEN |
Produtores rurais e pessoas comum Piên à fora, continuam a reclamar do péssimo atendimento da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel). O que era uma das melhores e mais lucrativas empresas públicas do Brasil se transformou em uma corporação privada – vendida pela bagatela de R$ 5,2 bilhões – com seus interesses agora voltados apenas para o lucro imediato e não para o bem-estar da população.
Ai está um péssimo exemplo de privatização que não deu certo. Antes de ser vendida pelo governador Ratinho Junior, a Copel constantemente ganhava prêmios e reconhecimentos nacionais e internacionais pelo seu atendimento e comprometimento com a população paranense. Agora, depois de privatizada, as reclamações com relação ao atendimento se estendem por todo Paraná, inclusive com protesto de produtores rurais que estão amargando prejuízos imensuráveis por conta das constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica.
Vejamos o exemplo de Piên, antes da privatização, que dispunha de uma equipe com dois eletricistas para atender o Centro e as comunidades do interior e uma agência situada no Centro, ao lado da Praça da Paz. O mesmo ocorria em Lageado, na divisa com Rio Negro, onde também sempre estavam à disposição da população, no mínimo dois eletricistas, mesmo situação em Agudos do Sul.
Atualmente, em Piên e nas comunidades ao redor de Lageado, quando ocorre problemas nas linhas de transmissão que ocasionam a falta de energia, não há mais ninguém de plantão para atender a população e eletricistas de Curitiba, de empresas terceirizadas, acabam sendo encaminhados para resolver o problema. O problema disso é que muitas vezes, os consumidores chegam a ficar mais de 24 horas sem energia elétrica, coisas que antes tempo nunca ocorria em Piên.
Neta semana moradores de Piên voltaram a reclamar do descaso da Copel para com os consumidores. Moradores de Campina dos Crespins e Palmitos ficaram longas horas sem energia elétrica se obrigando a aguardarem aflitos para o restabelecimento no fornecimento de energia. Isso vem ocorrendo com certa frequência não apenas em Piên como em todo Estado. As reclamações não param de aumentar.
Na prática, a privatização da Copel revela um modelo de gestão centrado no lucro a qualquer custo. A venda de patrimônio e dividendos, que antes eram investidos na infraestrutura e fortalecimento da companhia, que visava o bem-estar dos paranaenses, agora são vendidos para maximizar os lucros, sem qualquer preocupação com o impacto a longo prazo e na qualidade dos serviços prestados a população paraense, que agora pagam e sentem na pele o alto custo desta privatização, que transformou uma das melhores e mais premiadas companhia de energia do Brasil, no que a Copel é hoje, uma das piores ou se não a pior companhia elétrica do país.